Semam inicia a retirada de 61 placas
61 placas são retiradas pela Semam da Senador Virgílio Távora a partir de ontem. Os estabelecimentos foram notificados há 15 dias
27.08.2011| 01:30
Equipes da Semam retiraram as placas na avenida (IANA SOARES ) “Tanto ladrão solto, a prefeitura prejudica quem gera emprego”, reclamou o comerciante não-identificado. “Em geral, como avisamos antes, não existe reclamação. Sabem que estão errados. Mas, vez em quando, não levam numa boa”, relata o Jeremias. Do outro lado da rua, o jornaleiro de 40 anos, Gilberto Oliveira, balançava a cabeça: “Eu não concordo, acho injusto. O cara paga caro pelo aluguel do ponto, pode nem colocar placa!”.
À parada de ônibus, Patrícia de Melo, de 18 anos, a técnica de enfermagem de Tabuleiro do Norte, a 456 quilômetros da Capital: “É informação demais. A gente nem vê as placas de sinalização. Mas me incomodam mais as propagandas nada a ver. Quando é a placa do lugar mesmo, acho tudo bem”.
A mão de obra para retirada das 42 placas não dá conta em um dia apenas. Então a equipe da Semam retorna ao local para conclusão do trabalho a semana que vem - mais uma chance para quem foi notificado e se mantém irregular. Conforme Jeremias, as avenidas maiores levam entre quatro e cinco dias para o trabalho completo. Na Virgílio Távora, a retirada começa à Pontes Vieira e se estende até a Abolição.
Ação continuada
Todos os dias, conforme a Semam, existe retirada de faixas, placas e cavaletes com anúncios. As ações são realizadas através de denúncias populares ou estudos internos ao órgão. Para colaborar com o trabalho da Prefeitura, o citadino liga para 3452 6923 ou vai ao órgão em pessoa - avenida Deputado Paulino Rocha, 1343, Cajazeiras. Quem usa Internet, tem a opção: www.fortaleza.ce.gov.br/semam, através do link “Denúncia Virtual”. Entre janeiro e julho, foram removidas 2.101 faixas, 3.692 placas imobiliárias, 147 placas especiais e 10.575 fotos.
ENTENDA A NOTÍCIA
Propagandear é direito garantido pelo mercado, mas exige civilidade. Quando o interesse atropela o bem-estar, o estado precisa intervir. A poluição visual das ruas esconde prédios históricos e placas de trânsito.
SAIBA MAIS
Propagandas
Placas afixadas pelos estabelecimentos em esquinas, devem ter recuo mínimo de cinco metros, contados a partir do limite entre a calçada e o terreno privado.
Caso as mesmas placas sejam luminosas, o recuo passa dos cinco para os quinze metros.
Placas afixadas pelos estabelecimentos de meio de quarteirão, devem ter recuo mínimo de um metro e meio, contado a partir do limite entre a calçada e o terreno privado.
Letreiros não são permitidos acima das lajes.
Letreiros pegados à fachada devem ocupar, como máximo, a metade da fachada.
O combate à poluição visual em Fortaleza chegou à avenida Senador Virgílio Távora e encontrou resistência. Há quinze dias, a Secretaria do Meio Ambiente (Semam) informou a 61 estabelecimentos comerciais: a sua placa/foto/faixa está ilegal, se você não retirar em duas semanas, a gente vem e faz o serviço. Ontem, a equipe da prefeitura tornou ao local para cumprir com a promessa. Guiados pelo técnico em controle e combate à poluição visual da Semam, Jeremias Queiroz, os trabalhadores serravam placas e desbancavam faixas ao som dos impropérios.
janainabras@opovo.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário