domingo, 29 de agosto de 2010

IBOPE JOGA A TOALHA...

ISTOÉ Independente -
N° Edição: 2129 27.Ago. 2010 - 21:00 Atualizado em 28.Ago.2010 - 11:16 por Octávio Costa e Sérgio Pardellas

CARLOS AUGUSTO MONTENEGRO - Presidente do Ibope

"O Brasil já tem uma presidente"

Presidente do Ibope admite que errou ao prever que Lula não faria o sucessor
e diz que Dilma Rousseff será eleita no primeiro turno

Há exatamente um ano, o presidente do Ibope, Carlos Augusto Montenegro, declarou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não faria o sucessor, apesar da alta popularidade. Na ocasião, o responsável por um dos mais tradicionais institutos de pesquisas do País assegurava que o presidente não conseguiria transferir seu prestígio pessoal para um “poste”, como tratava a ex-ministra Dilma Rousseff. Agora, a um mês das eleições e respaldado por números apresentados em pesquisas diárias, Montenegro faz um mea-culpa. “Errei e peço desculpas. Na vida, às vezes, você se engana”, afirmou. “O Brasil já tem uma presidente. É Dilma Rousseff.” Segundo Montenegro, a ex-ministra da Casa Civil vem se conduzindo de forma convincente e confirma, na prática, o que o presidente disse sobre ela na histórica entrevista concedida à ISTOÉ na primeira semana de agosto: “Lula acertou. Dilma é um animal político. Está mostrando muito mais capacidade do que os adversários.”

O tucano José Serra, na opinião do presidente do Ibope, faz uma campanha sem novidade, velha e antiga. “O PSDB está perdido”, assegura. Neste fim de semana, o Ibope vai divulgar uma nova pesquisa, que confirmará a categórica vantagem da petista. “Fazemos pesquisas ­diárias. E Dilma não para de crescer. Abriu 20 pontos em Minas, onde Serra já esteve na frente. Empatou em São Paulo, mas ali também vai passar. Essa eleição acabou”, conclui Montenegro.

A entrevista:

Istoé - O sr. disse que o presidente Lula não conseguiria transferir seu prestígio para a ex-ministra Dilma Rousseff, mas as pesquisas mostram o contrário. O sr. ain­da sustenta que o presidente não fará o sucessor?

CARLOS AUGUSTO MONTENEGRO - Eu nunca vi, em quase 40 anos de Ibope, uma mudança na curva, como aconteceu nesta eleição, reverter de novo. Por mais que ainda faltem 30 e poucos dias para a eleição, o Brasil já tem uma presidente. É Dilma Rousseff. Ela tem 80% de chances de resolver a eleição no primeiro turno. Mas, se não for eleita agora, será no segundo turno.

Istoé - A que o sr. atribui essa virada?

CARLOS AUGUSTO MONTENEGRO - Houve uma série de fatores. Primeiro a transferência do Lula, que realmente vai sair como o melhor presidente do Brasil. Um pouco acima até do patamar de Getúlio Vargas e de Juscelino Kubitschek. O segundo ponto é o preparo da candidata Dilma. Ela tem mostrado capacidade de gestão, equilíbrio, tranquilidade e firmeza. A terceira razão é seu bom desempenho na televisão, inclusive nos debates e entrevistas. Lula acertou ao dizer, em entrevista à ISTOÉ, que ela era um animal político. Está mostrando muito mais capacidade que os adversários e mostra que tem preparo para ser presidente.

Istoé - Mas há um ano o sr. declarou que Lula dificilmente faria o sucessor.

CARLOS AUGUSTO MONTENEGRO - Errei. Eu dizia de uma forma clara que, apesar de o Lula estar bem, ele não elegeria um poste. Foi uma declaração extemporânea, descuidada e muito mais fundamentada num pensamento político do que com base em pesquisas. Foi um pensamento meu. Acho que eu tinha o direito de pensar daquela forma, mas não tinha o direito de tornar público. Peço desculpas. Na vida, às vezes, você se engana.

Istoé - O que mais o surpreendeu desde o momento do lançamento das candidaturas?

CARLOS AUGUSTO MONTENEGRO - A oposição errou e essa é a quarta razão para o sucesso de Dilma. A campanha do Serra está velha e antiga. Não tem novidade. O PSDB repete 2002 e 2006. Está transmitindo para o eleitor uma coisa envelhecida. Vejo um despreparo total. O PSDB está perdido, da mesma forma que o Lula ficou nas eleições de 1994 e 1998 contra o Plano Real. Na ocasião, ele não sabia se criticava ou se apoiava e perdeu duas eleições.

Istoé - O bom momento da economia, a geração de empregos e o consumo em alta não fazem do governo Lula um cabo eleitoral imbatível?

CARLOS AUGUSTO MONTENEGRO - Essa, para mim, é a razão principal. O Brasil nunca viveu um momento tão bom. E as pessoas estão com medo de perder esse momento. O Plano Real acabou derrotando o Lula duas vezes. Mas o Lula, com o governo dele, sem querer ou por querer, acabou criando um plano que eu chamo de imperial. É o império do bem, em que cerca de 80% a 90% das pessoas pelo menos subiram um degrau. Quem não comia passou a comer uma refeição por dia, quem comia uma refeição passou a fazer duas, quem nunca teve crédito passou a ter crédito, quem andava a pé passou a andar de bicicleta ou moto, quem tinha carro comprou um mais novo e quem nunca viajou de avião passou a viajar. Os industriais também estão felizes, vendendo o que nunca venderam. Os banqueiros idem.

Istoé - Mas esse fator não pesou logo de início, quando os candidatos lançaram os seus nomes e Serra permaneceu vários meses na frente.

CARLOS AUGUSTO MONTENEGRO - No início, houve transferência do Lula. Mas, de uns três meses para cá, o Lula está associando o êxito dele ao êxito do governo como um todo. E está mostrando que Dilma é a gestora desse governo. O braço direito dele. E as pessoas estão confiantes nisso e não estão querendo perder o que ganharam.

Istoé - É possível dizer então que o programa de tevê do PT é mais eficiente do que o da oposição?

CARLOS AUGUSTO MONTENEGRO - A tevê ajudou na consolidação. Mas a virada de Dilma Rousseff na corrida para presidente da República se deu antes da tevê. Pelo menos antes do horário eleitoral gratuito.

Istoé - Isso derruba o mito de que o programa eleitoral é capaz de virar a eleição?

CARLOS AUGUSTO MONTENEGRO - Quando a eleição é disputada por candidatos pouco conhecidos, ele pode ser decisivo, sim. Por exemplo, a televisão está ajudando a eleição de Minas Gerais a se tornar mais dura. O Aécio está entrando agora, o Anastasia é o governador e eles estão mostrando as realizações do governo. Por isso, o Anastasia está crescendo. O Hélio Costa largou na frente porque já era uma pessoa muito mais conhecida do que o Anastasia. Mas, quando você pega uma eleição em que todos os candidatos são bem conhecidos, o uso da tevê é muito mais de manutenção e preenchimento do que para proporcionar uma virada.

Istoé - E os debates? Eles podem mudar a eleição?

CARLOS AUGUSTO MONTENEGRO - Só se houvesse um desastre. Cada eleitor acha que o seu candidato teve desempenho melhor. Vai ouvir o que está querendo ouvir. Já conhece as propostas anunciadas durante a propaganda eleitoral. Falando especificamente dessa eleição presidencial, repito que a população está de bem com a vida. Quer continuar esse bom momento. O Brasil quer Dilma presidente.

Istoé - A candidatura de Marina Silva não tem força para levar a eleição até o segundo turno?

CARLOS AUGUSTO MONTENEGRO - Cada vez mais a vitória de Dilma no primeiro turno fica cristalizada. Temos pesquisas diárias que mostram que essa eleição presidencial acabou. Agora, mais uma vez, o Brasil está dando um show de democracia. É bom dizer que os três principais candidatos são excelentes. Todos têm passado político, currículo e história. A história da Marina Silva, por exemplo, é maravilhosa. A luta dela pelo meio ambiente é muito importante. Mas a Marina até outro dia estava com Lula e as pessoas a relacionam com o presidente. Você pega a luta do Serra e ela também é fantástica. E o Serra, até outro dia, também estava no palanque do Lula, na luta contra a ditadura.

Istoé - O fato de Dilma nunca ter disputado uma eleição não deveria pesar a favor de José Serra?

CARLOS AUGUSTO MONTENEGRO - No Chile, Michele Bachelet tinha 80% de aprovação, mas não conseguiu fazer o sucessor. Por quê? Porque ele tinha passado. Já tinha concorrido. Quando você concorre, você pega experiência por um lado, mas a pessoa deixa de ser virgem, politicamente falando. Sempre há brigas que você tem que comprar e vem a rejeição. No caso da Dilma, o fato de ela nunca ter concorrido, ter sido sempre uma gestora, uma técnica, precisando só exercitar o seu lado político, ajudou muito.

Istoé - Em que medida o fato de Dilma ser mulher a ajudou nessas eleições?

CARLOS AUGUSTO MONTENEGRO - Acho que não ajudou muito. Mas é algo diferente. O Brasil já tem implementado coisas novas na política, como foi a eleição de um sindicalista. É um fato interessante, mas a competência do Lula e da Dilma ajudaram muito mais.

Istoé - O atabalhoado processo de escolha do vice na chapa do PSDB prejudicou a candidatura de José Serra?

CARLOS AUGUSTO MONTENEGRO - Não. Nunca vi vice ganhar eleição. Nem perder.

Istoé - O sr. acredita que Lula possa puxar votos para candidatos do PT nos Estados, como em São Paulo, por exemplo?

CARLOS AUGUSTO MONTENEGRO - Acho muito difícil. O Lula tinha toda essa popularidade em 2008, apoiou a Marta e ela perdeu do Gilberto Kassab, que estava fazendo uma boa administração.

Istoé - Dilma eleita, qual a saída para a oposição?

CARLOS AUGUSTO MONTENEGRO - Está provado que o modelo da oposição não deu certo. Talvez ganhe em alguns Estados importantes, como São Paulo, Minas, Paraná e Goiás. Sempre terá um papel importante. Mas essa eleição mostra que está na hora de uma reforma política. É preciso diminuir o número de partidos. Os programas partidários também precisam ser mais respeitados. Os partidos são os pilares da democracia.
A nova derrota da grande mídia
Ninguém mais precisa dizer o que devemos pensar, como devemos votar, o que é melhor para nós. A liberdade de imprensa e de expressão não tem mais meia dúzia de donos. É um direito conquistado por todos nós.
Ricardo Kotscho é repórter. Jornalista desde 1964, já trabalhou em praticamente todos os principais veículos da imprensa brasileira (jornais, revistas e redes de TV), nas funções de repórter, editor, chefe de reportagem e diretor de redação.
A se confirmarem as previsões de todos os principais institutos de pesquisa apontando a vitória de Dilma Rousseff no primeiro turno das eleições presidenciais, não serão apenas o candidato José Serra e sua aliança demotucana de oposição os grandes derrotados. Perdem também, mais uma vez, os barões da grande mídia brasileira.
Foram-se os tempos em que eles faziam ou derrubavam presidentes e se julgavam os verdadeiros donos do poder, os formadores de opinião, os únicos proprietários da verdade. Durante os últimos oito anos, desde a primeira eleição de Lula, não fizeram outra coisa a não ser mostrar em suas capas e manchetes um país desgovernado, sempre à beira do abismo.
Em cada estatística divulgada, procuravam destacar sempre o lado negativo, sem se dar conta de que a vida dos brasileiros estava melhorando em todas as áreas, e os cidadãos eleitores percebiam isso.
Fechados em seus gabinetes e certezas, longe do país real, imaginavam que desta forma ajudariam a eleger o candidato da oposição em 2010. Fizeram a sua parte, é verdade, anunciando uma crise do fim do mundo atrás da outra, batendo no governo dia sim e no outro também, mas não deu certo de novo.
Em reunião da Associação Nacional dos Jornais, a presidente da entidade, Judith Brito, chegou a dizer com todas as letras que, na falta de uma oposição partidária, era preciso a imprensa assumir este papel, como de fato fez. Os líderes demotucanos acharam que isto seria suficiente para derrotar Lula e a sua candidata. Acreditarem que o apoio da mídia poderia fazer a diferença, decidir o jogo a seu favor. Que bobagem!
Até a última semana, antes da divulgação das novas pesquisas, o noticiário ainda alimentava o discurso da oposição numa operação casada contra o governo e a sua candidata. Como a vaca da campanha tucana caminhou inexoravelmente para o brejo, num lance desesperado para tentar virar o jogo, José Serra procurou associar sua imagem à de Lula no programa de televisão. Aí foi a vez dos seus aliados na mídia darem um basta e jogarem a toalha: assim também não…
Quem sabe agora tenham a humildade e o bom senso de reconhecer que acabou a época dos formadores de opinião abrigados na grande imprensa, que perde circulação e audiência a cada dia. Novos meios e novos agentes multiplicaram-se pelo país, democratizando a informação e a opinião.
Ninguém mais precisa dizer o que devemos pensar, como devemos votar, o que é melhor para nós. A liberdade de imprensa e de expressão não tem mais meia dúzia de donos. É um direito conquistado por todos nós.

* Foi correspondente na Europa nos anos 1970 e exerceu o cargo de Secretário de Imprensa e Divulgação da Presidência da República no governo Luiz Inácio Lula da Silva, no período 2003-2004. Ganhou os premios Esso, Herzog, Carlito Maia e Cláudio Abramo, entre outros. Em 2008, foi um dos cinco jornalistas brasileiros contemplados com o Troféu Especial de Imprensa da ONU. Tem 19 livros publicados _ entre eles, “Do Golpe ao Planalto _ Uma vida de Repórter” (Companhia das Letras) e “A Prática da Reportagem” (Ática).

sexta-feira, 27 de agosto de 2010


Contra fatos não há argumentos

Fato em 2002:
Lula é humilhado na Folha

Durante um discurso em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, o presidente Lula fez uma revelação: na eleição de 2002, foi almoçar na direção do Grupo Folha e se sentiu humilhado com as perguntas feitas a ele sobre sua baixa escolaridade. Lula disse que as perguntas ofensivas foram feitas por um dos herdeiros, dono do jornal Folha de S.Paulo.

Em razão disso, teria abandonado o almoço com a família Frias e os demais diretores.

E nunca mais foi almoçar com nenhum outro dono de jornal.

Emocionou-se ao contar isso nesta quarta-feira.

Este é o Lula.

Fato em 2010: 79% dos brasileiros aprovam o governo Lula. Em toda a história do Brasil, nunca houve um presidente tão bem-sucedido.

Conclusão dos fatos:

"...e Deus escolheu as coisas humildes do mundo, e as desprezadas, e aquelas que não são, para reduzir a nada as que são." I Coríntios 1.28

(Do Blog do bispo Edir Macedo).


SE NÃO TIVESSE ESCRITO EU NÃO ACREDITARIA!


Autuado em 17/04/2009 - Consulta Realizada em: 12/08/2010 às 14:58
AUTOR : AMANCIO JOSE DE LIMA FILHO
ADVOGADO : DEODADO JOSE RAMALHO JUNIOR E OUTROS
RÉU : UNIAO FEDERAL
PROCURADOR: JOSE DE ARIMATEA NETO (UNIAO)
4 a. Vara Federal - JOSE VIDAL SILVA NETO
Objetos: 01.03 - Atos Administrativos - Administrativo; 01.12 - Servidor Público Militar - Administrativo: TRANSFERÊNCIA EX-OFFICIO DE MILITAR PARA SÃO PAULO
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Trata-se de ação ordinária, na qual foi proferida sentença de improcedência confirmada pelo egrégio TRF da 5ª Região que não deu provimento à apelação, fixando honorários sucumbenciais em R$ 100,00 (cem reais) em favor
do(a) União.
Assim como ocorre na fase de conhecimento, também durante a execução do julgado o exercício da jurisdição somente se justifica diante da necessidade e da utilidade do provimento jurisdicional pretendido, além da proporcionalidade devida, sob pena de não restar presente o interesse processual necessário a justificar o prosseguimento do feito.
A utilidade, por sua vez, resta configurada quando o provimento que se pretende obter por meio da demanda judicial serve para os fins aos quais ela se destina.
De outra feita, não se pode falar que uma demanda é útil quando o custo social dela decorrente, seja pelo que é despendido em face da movimentação da máquina judiciária, seja pelo custo da própria parte decorrente do trabalho de procuradores judiciais ou de auxiliares técnicos, é de montante superior ao valor ínfimo que se pretende executar. Evidente, pois, que, em casos como este, não é razoável prosseguir-se na execução promovida, por carecer à parte demandante o interesse de agir, requisito este indispensável à obtenção da prestação jurisdicional.
De fato, é este o entendimento que prevalece em nossos tribunais. A título ilustrativo, transcrevo adiante jurisprudência do colendo Superior Tribunal de
Justiça:
"RECURSO ESPECIAL - PROCESSUAL CIVIL - EXECUÇÃO - VALOR TIDO COMO IRRISÓRIO - PRINCÍPIO DA UTILIDADE - AUSÊNCIA DE INTERESSE PROCESSUAL - EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM JULGAMENTO DO MÉRITO - PRECEDENTES DA PRIMEIRA TURMA - PROVIMENTO NEGADO. Não se pode perder de vista que o exercício da jurisdição deve sempre levar em conta a utilidade do provimento judicial em relação ao custo social de sua preparação. A doutrina dominante tem entendido que a utilidade prática do provimento é requisito para configurar o interesse processual. Dessa forma, o autor detentor de título executivo não pode pleitear a cobrança do crédito quando o provimento não lhe seja útil. O crédito motivador que a Caixa Econômica Federal apresenta para provocar a atividade jurisdicional encontra-se muito aquém do valor razoável a justificar o custo social de sua preparação, bem como afasta a utilidade do provimento judicial. Não necessita de reparos o acórdão recorrido, porquanto acerta quando respeita o princípio d a utilidade da atividade jurisdicional, diante de ação de execução fulcrada em valor insignificante, ao passo que este Sodalício acata a extinção do processo em face do valor ínfimo da execução. Precedentes da egrégia Primeira Turma. Recurso especial ao qual se nega provimento."
(Resp 601356. Relator: Franciulli Netto. DJ Data: 30/06/2004).
O e. TRF-5ª Região tem se manifestado no mesmo sentido, consoante acórdão abaixo transcrito:
"PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO DE HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. EXTINÇÃO. VALOR FIXADO EM R$ 200,00. AUSÊNCIA DE INTERESSE DE AGIR. - Ausência de interesse de agir para a cobrança de verba honorária em valor ínfimo, haja vista alcançar o valor de R$ 200,00 (duzentos reais), que sequer cobriria as despesas com a execução, custos estes maiores do que o valor perseguido. - O custo da promoção da execução pela Caixa, majorado, inclusive, com a interposição do presente recurso, principalmente caso se levar em conta o valor da hora de trabalho dos seus procuradores, já corresponde a gasto maior do que o valor que se pretendia executar. - Apelação não provida."
(AC 407954. Relator: Desembargador Federal César Carvalho. DJ Data 28/03/2008).

Ora, entendo que o caso ora discutido enquadra-se na hipótese acima descrita de execução de valor ínfimo. Isto porque o valor estipulado, a título de honorários sucumbenciais, representa um total de R$ 100,00. É indiscutível que, diante dos fundamentos acima destacados, a execução de tais valores não se justifica em face de todo o custo proveniente de sua cobrança, razão pela qual a eventual execução não poderia prosperar. Falta, pois, interesse processual à parte que vier a buscar uma tutela que não se mostra útil ou proporcional
diante das circunstâncias do caso concreto.
Diante do exposto, arquive-se com baixa na distribuição.

domingo, 1 de agosto de 2010

ADVOGADO FELICIANO JÚNIOR FAZ INSTIGANTE REFLEXÃO.

Prezados,
A ética na política e a transparência na administração pública são valores que a OAB defende, mas ao que parece, no Ceará, não pratica.
A leitura dos números divulgados acerca da consulta à classe para a composição do quinto constitucional serve para demonstrar a manipulação algébrica.
Na página da OAB/CE na internet tem uns dados que demonstram o constrangimento da classe com o conselho em exercício. O numero de votantes não ficou claro. Mas restou evidente que o número de votos em branco e votos nulos superou a quantidade de votos do primeiro colocado. Vale lembrar que cada eleitor poderia sufragar até 3 nomes, regra nova introduzida pela atual gestão, que enfraqueceu o eleitor, sob inconfessável justificação demagógica.
Quantos estavam aptos a votar? Qual foi a abstenção? Do resultado se colhe legitimidade?
Na minha leitura, não se trata de desvalorização aos abnegados colegas que concorreram, e sim, um silencioso e contundente voto de protesto contra a administração em exercício que cultiva uma permanente omissão, no que tange aos problemas da classe, que lhes respondeu com números constrangedores.
JOSÉ FELICIANO DE CARVALHO JUNIOR, OAB CE 4100.